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Ter, 02 de Dezembro de 2008 08:59

A BASE DA CIÊNCIA OCULTA (continuação)

 

Ir.'. Antonio Di Profio 33

 

A ciência oculta e as religiões do mundo Ocidental nos ensinam que os lugares não limpos e nos antros escuros, como ambientes onde convivem pecadores, vivem também as larvas astrais que se agarram ao ser humano, impedindo de ter vontade própria

 

O esoterismo é a doutrina dos filósofos da antigüidade reservada exclusivamente aos iniciados no grupo. Este termo foi criado por Pitágoras, e até hoje persiste com o mesmo significado, nos ensinando que somente é transmitida para pessoas iniciadas e que se mostram dignas em recebe-la. Portanto não podemos generalizar quando falamos em esoterismo, porque os ensinamentos esotéricos divergem entre as várias correntes herméticas e as religiões, embora tenham muitos pontos em comum.

 

O exemplo maior esta no fato que a Maçonaria, como também as religiões do mundo ocidental (Israelita, Católica e Muçulmana) não aceitam a mulher em sua hierarquia, enquanto que os Rosa-Cruzes, Teosofia, Eubiose e algumas igrejas protestantes e as correntes espíritas, a tem normalmente na sua organização hierárquica. Por conseqüência, as explicações esotéricas diferem entre elas, daí o motivo de serem potências e organizações diferentes entre si. Outros exemplos existem, fazendo da Maçonaria uma irmandade única, nada tendo a ver com as demais.

 

Outro ponto importante para analise é a Sagração ou Consagração. Este temo significa o ato, ou a cerimônia litúrgica com a qual se confere uma certa qualidade que inspira uma espécie de respeito religioso, uma veneração e uma inviolabilidade.    

 

Durante o ritual da consagração se formam as Egrégoras, (guardiões do templo em todos os sentidos) que irão se reforçando com o passar do tempo, com o funcionamento e uso correto do mesmo.

 

As Egrégoras – importantíssima espécie de entidade do mundo astral (da mente), permite ao Mago ou Mestre, verificar os mais surpreendentes acontecimentos do mundo astral. São considerados como entidades que se formam devido a força do pensamento do grupo, durante os trabalhos litúrgicos do Ritual em ambientes especialmente purificados com a operação de incensar – Quanto mais forte é a corrente do pensamento, tanto mais forte e rápido será a formação das Egrégoras. Estas entidades do astral são boas ou más dependendo logicamente dos pensamentos emitidos. As boas são egrégoras e as más são as larvas astrais.

 

Os pensamentos somados durante séculos e milênios conforme ocorrem nos relacionamentos religiosos, constituem uma poderosa força. Assim, acontece com a Ordem Maçônica, cujo poder se tem feito em razão do somatório de idéias puras e fraternais através dos tempos.

 

Portanto as egrégoras não se formam na noite durante a sessão, como acreditam alguns maçons pouco esclarecidos, ou seguidores de certas correntes religiosas primitivas. Os mesmos usam no nosso ritual a queima de outras ervas (defumadores) ou varetas orientais, que erroneamente são chamadas de incenso. As egrégoras não aceitam tais defumadores por eles serem criados com o incenso. Portanto durante estas cerimônias erradas, elas se afastam do templo até o mau odor dos defumadores desaparecem.

 

O incenso é a resina de uma planta conífera do Mediterrâneo, que se apresenta como uma especiaria de odor agradável que em geral são queimados com outras substâncias (mirra e outros) para formar a fumaça mais densa e o odor mais suave.

 

Ovidío e Virgílio dos antigos Abruzzo  e de Roma, falam do seu uso nos ritos pagãos da época, e também para eliminar odores de podridão de certos ambientes. A fumaça do incenso que sobe sempre em direção ao alto, sugere ao homem a direção de suas preces que sobe em direção ao Criador.

 

O termo incenso é usado tanto para designar a substância como para designar a fumaça que ela produz. O recipiente litúrgico onde se conserva o incenso em pó ou granulado chama-se naveta por sua forma de pequena  nave, que sugere a chegada para a purificação.

 

O ato de incensar é feito com o Turíbulo, onde é colocado no carvão em brasa uma pequena colher de incenso. O turíbulo ou incensador é balançado de maneira que a fragrância da fumaça do incenso  ardente se eleva na direção do objeto ou sujeito que está sendo incensado. Cada movimento do turíbulo da altura da face do incensante em direção ao objeto ou pessoa a ser incensado, chama-se icto. Ao passo que o ducto é o conjunto dos movimentos com o turíbulo da altura da cintura até a face onde executam-se os ictos ( um ou mais).

 

A incensação pode constar de um ou mais ductos que por sua vez podem ser duplos ou triplos.

 

As entidades Maléficas do mundo astral são chamadas de larvas, que por sua vez não gostam do odor do incenso, que por ele são destruídas ou fogem se forem muito espertas, e nunca mais se aproximam. Por esses motivos incensando nos limpamos, ou melhor, purificamos o ambiente e favorecemos a permanência das egrégoras.

 

Como pode ser entendido em nossos Templos, somente pode ser usado o Incenso Verdadeiro e não a fumaça dos defumadores. Os que usam defumadores em varetas, tabletes ou punhados de ervas secas, estão atrapalhando a ritualística da noite, porque estão afastando as egrégoras do templo e dos IIr.'..

 

No nosso ritual de iniciação do grau de aprendiz existe um erro na 1ª  viagem em Loja, ou seja, pelo AR, porque não é usado o incenso, ato necessário ao profano que vem do antro escuro, e portanto, repleto de larvas que talvez carregue a tempos. O certo é : Na primeira viagem pelo AR, quando o profano bate no altar do 2º Vig.'. e é barrado com a pergunta : “Quem vem lá”? E após a resposta do M.'. de Cer.'. ele deve dizer : “Que seja purificado pelo incenso”. Na segunda viagem pela Água, O 1º Vig.´. deve dizer : “Que seja purificado pela Água”. Na terceira viagem, pelo Fogo o V.´. M.´. deve dizer : “Que seja purificado pelo fogo”. O neófito está assim Purificado, após a sua vinda da terra, pelo incenso, pela água, e pelo fogo, e não como diz o ritual : “Estais simbolicamente purificado”. Sugerimos que seja feita esta modificação já que se quer reformular nossos rituais.

 

Na Loja maçônica se usa o incenso na Sagração do Templo, na Iniciação, na Filiação, na Regularização, e outras cerimonias especiais, nas demais não são necessários, ainda menos o uso de defumadores de qualquer espécie.

 

A Larva Astral, outra importante e perigosa entidade do mundo astral (mundo de criação da mente) são os assim chamados de encosto ou olho gordo. Elas são piores que os demônios, porque estes não tem poder de vida ou morte sobre o ser humano, enquanto que as larvas podem até matar. Estas Larvas Fluídicas chamadas também de Espíritos Elementais (Espíritos desalmados, ou seja, sem alma) rodeiam todo o ser humano com seu corpo aéreo e neles se agarram para sobrevivência. Elas são criadas pela mente humana conscientemente (magia negra) ou inconscientemente  (olho gordo), e são a verdadeira causa de certos fenômenos atribuídos a espíritos de pessoas mortas.

 

A tradição mágica sustenta que tudo começou com a solidão de Adão nascido de seus sonhos, quando desejava a mulher que o Senhor ainda não lhe tinha concedido. Quando estão bastante condensadas por serem vistas, tornam-se uma espécie de vapor colorido como o reflexo de uma imagem. Elas não tem vida própria mas imitam a vida de quem as formam ou invocam, assim como a sombra imita o corpo . Se produz ao redor de pessoas idiotas ou de pessoas Maldosas e com aqueles que se entregam a atos solitários e imorais. Daí a razão pelo qual os Magos e os Sacerdotes condenam os atos solitários do prazer.

 

A consistência do corpo fluídico das larvas é muito débil, temendo por isso o AR muito forte, a Água, o Fogo, a ponta de qualquer arma branca (faca) ou ainda o seu corte, como também certos sons específicos ou cantos, e principalmente a ação das egrégoras que são poderosas destruidoras dessas larvas.

 

Elas convertem-se numa espécie de aprendiz vaporosa do corpo Real de seus pais, já que vivem a vida pela qual foram criadas ou as invocaram. Assim, as larvas absorvem o calor vital das pessoas sadias e esgotam rapidamente as forças dos fracos e doentes.

 

Destes fatos nasceram as Lendas dos Vampiros, que realmente são verdadeiras, devida a ação destas larvas. Estas larvas portanto, devem a sua existência, a maldade de quem a produzem com a intenção de prejudicar aos outros, ou apenas as mentiras da imaginação exaltada e aos desajustes mórbidos dos seres que se entregam a bebidas alcóolicas, as drogas, aos prazeres sexuais, principalmente a masturbação e a pederastia, nunca se produzindo e nem se encostando em pessoas que as conhece e podem desvendar a sua força, ou seja, o poder da sua origem e revelar assim, o mistério da sua verdadeira existência.

 

Os Mestres e os Magos tem um forte poder para destruí-las com as próprias egrégoras, como também os Sacerdotes das religiões do mundo ocidental.

 

É necessário que, o que foi aqui explicado seja bem entendido e posto em prática para podermos assim conservar a nossa Ordem tal como a recebemos.

 

Trabalho do Ir.´. ANTONIO DI PROFIO – p/ ARLS Renascença, 219 – Março de 1999.

 

Bibliografia Dicionário Prático da Cultura Católica e Bíblica

 

Dicionário Ilustrado da Maçonaria – S. Dodel dos Santos

 

Dicionário de Ciências Ocultas – Editora Três

 

Dicionário Prático Ilustrado – Lelio

 

Dizzionário Enciclopédico – Novissimo Melzi

 

Alta Magia – Jorg Sabellicus

 

Magia Pratica – Jorg Sabbelicus

 

Revistas Maçônicas do Gr.´. Or.´. D´Italia

 

Obs ; - Trabalho lido em Loja de Aprendiz, em 10.03.2003, por Eurides Dorini.

 

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